**EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA {NUMERO_DA_VARA}ª VARA {ESPECIFICACAO_VARA} DA COMARCA DE {NOME_DA_COMARCA}**
{NOME_PARTE_IMPETRANTE}, {NACIONALIDADE_IMPETRANTE}, {ESTADO_CIVIL_IMPETRANTE}, {PROFISSAO_IMPETRANTE}, portador do CPF/MF nº {CPF_IMPETRANTE}, com Documento de Identidade de n° {RG_IMPETRANTE}, residente e domiciliado na Rua {ENDERECO_IMPETRANTE}, nº {NUMERO_ENDERECO_IMPETRANTE}, bairro {BAIRRO_IMPETRANTE}, CEP: {CEP_IMPETRANTE}, {CIDADE_UF_IMPETRANTE}, VEM, através de seu advogado dativo, nomeado às fls. {NUMERO_FLS_PROCESSO} do processo anexo, com o mais elevado respeito e acatamento, perante esse Egrégio Tribunal, com fundamento no Art. 5º, inciso LXVIII da Constituição da República e na conformidade do Art. 647 e seguintes do Código de Processo Penal Brasileiro, impetrar o presente PEDIDO DE “HABEAS CORPUS”, tendo em vista encontrar-se o paciente preso na Cadeia Pública da {CIDADE_UF_PACIENTE}, à disposição da MM. Juíza de Direito da Comarca de {COMARCA_PACIENTE}, SOFRENDO VIOLENTA COAÇÃO EM SUA LIBERDADE, levando-se em consideração o seguinte:
O requerente foi preso no {DIA_DA_PRISAO}/{MES_DA_PRISAO}/{ANO_DA_PRISAO}, portanto há mais de {TEMPO_DE_PRISAO} meses, em um procedimento de flagrante irregular, conforme se depreende das fls. {FLS_INICIAIS_FLAGRANTE} usque {FLS_FINAIS_FLAGRANTE} nos autos apensos à presente, e explicação dessa irregularidade às fls. {FLS_INICIAIS_IRREGULARIDADE} usque {FLS_FINAIS_IRREGULARIDADE} dos mesmos autos, ou seja, na Defesa Prévia interposta pelo paciente, peças estas onde é evidenciada a forma irregular do procedimento policial, simplesmente porque NÃO HOUVE FLAGRANTE conforme irão verificar Vossas Excelências, visto que o fato se deu às {HORA_DO_FATO} horas, aproximadamente, do {DIA_DO_FATO}/{MES_DO_FATO}/{ANO_DO_FATO}, e sem que houvesse perseguição, foi o paciente preso e autuado às {HORA_DA_PRISAO} horas do {DIA_DA_PRISAO}/{MES_DA_PRISAO}/{ANO_DA_PRISAO}; aliás, os próprios policiais são unânimes em afirmar que fizeram DILIGÊNCIAS e não perseguição.
Por outro lado, veja-se que essa irregularidade, ao invés de ser sanada pela agente ministerial ou ainda pela elevada apreciação da MM. Juíza “a quo”, não o foi, ao contrário, se perpetuou, com uma maior irregularidade associada ao “flagrante ilegal”, na figura da apresentação da denúncia pelo Ministério Público num crime em que só se procede a Ação Penal após a competente representação de quem de direito.
Acrescente-se a isso tudo que a MM Juíza “a quo”, inapercebidamente, recebeu a denúncia.
Louve-se, entretanto, o procedimento da ilustre agente ministerial às fls. {FLS_RETIFICACAO_MINISTERIO_PUBLICO} ao retratar-se do feito que não lhe competia promover.
Todavia, continuou no entendimento – “data vênia” – errado, em autorizar o conteúdo de um “flagrante” irregular como autorizador da custódia do paciente (fls. {FLS_AUTORIZACAO_CUSTODIA}, autos apensos).
Mais adiante, às fls. {FLS_DECISAO_A_QUO} do apenso, a MM Juíza “a quo” nos deu um relance de Justiça com o acolhimento inicial da tese da defesa de fls. {FLS_TESE_DEFESA}, entretanto, “data máxima vênia”, cometeu uma maior injustiça e irregularidade em decretar a prisão preventiva do paciente para garantia da ordem pública, mas SEM FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA, o que torna o dito decreto inconsistente, devendo ser revogado por Vossas Excelências, tendo em vista o elencado no Art. 315 da Lei Adjetiva Penal.
Dissemos injustiça porque o paciente está sob cuidados médicos, conforme se vislumbra nos autos às fls. {FLS_CUIDADOS_MEDICOS} usque {FLS_CUIDADOS_MEDICOS_FIM}, na forma ambulatorial sob controle paterno, periodicamente.
E irregularidade porque: NULA a denúncia e INEXISTENTE a representação contra o acusado – já tendo inclusive se esgotado o prazo para tal evento -, torna-se consequentemente NULA a Ação Penal em seu todo, devendo o processo ser anulado “ab initio” com o trancamento da Ação Penal, colocando-se o acusado {NOME_PACIENTE}, imediatamente EM LIBERDADE, por estar sendo vítima de violento constrangimento ilegal.Vale dizer, em repetição, que o processo penal é um conjunto de atos desenvolvidos segundo modelos pré-traçados. Tais modelos têm forma precisa, têm molde onde os atos se encaixam.
“FORMA DATA ESSE RES”
O ato desvestido de legalidade é nulo. E sendo assim, nula é a presente Ação Penal, cujos atos estão todos revestidos de incontestáveis irregularidades de procedimento, a começar no “flagrante”, que não houve; na denúncia inepta e assim reconhecida tempestivamente, e, finalmente, no decreto de prisão preventiva, deveras injusto, mas principalmente sem a fundamentação adequada onde a MM. Juíza “a quo” limita-se a dizer que – “pela frieza do réu ao confessar o delito, decreta-se a prisão preventiva como garantia da ordem pública.”
Ora, Eminentíssimos Juizes Desembargadores dessa Colenda Superior Instância: parece-nos, “data vênia”, que a MM. Juíza “a quo”, esgrimindo com a Lei, transformou uma circunstância atenuante – prevista no Art. 65 inc III, letra “d” do Código Penal Brasileiro, em fundamentação para decreto de prisão preventiva (?), esvaziando dessa maneira os direitos mais elementares do paciente, casando-lhe inclusive o direito constitucional capitulado no inciso LXI do Art. 5º da nossa Carta Magna.
Por outro lado, atente-se para o fato de que o acusado está preso desde o {DIA}/{MES}/{ANO}, mercê de um “flagrante” que não houve, perpetuando-se essa prisão ilegal através de um decreto de prisão preventiva SEM FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA, portanto, prolatado ao arrepio da Lei, estando o réu – sem culpa formada – e sem que sejam vislumbrados meios adequados e pertinentes para o término da Instrução Criminal e consequente formação da culpa, já se passando em muito o prazo para tal fim, evidenciando-se assim mais um motivo para que o paciente seja posto em Liberdade imediatamente.
Acrescente-se à isso tudo que a prova material do delito INEXISTE, pois o laudo de fls. {NUMERO_LAUDO_APENSO} do apenso é inconclusivo, além de ser também desvalido como peça processual probatória, pois que assinado por um só perito, se é que foi assinado {DIA_ASSINATURA_LAUDO}/{MES_ASSINATURA_LAUDO}/{ANO_ASSINATURA_LAUDO}.
EGRÉGIO TRIBUNAL:
Por tudo que até agora foi expendido, espera a defesa dativa, com fé inabalável nos doutos suplementos de Vossas Excelências, que integram essa Egrégia Corte, seja o presente PEDIDO DE “HABEAS CORPUS” concedido, ainda mais porque:
_“a prisão preventiva não é mais compulsória e o réu tem domicílio no distrito da culpa;”_
_“a prisão sem condenação é medida excepcional, partindo-se do pressuposto que se estaria adiantando uma pena que só existe “in abstrato” e poderá vir a inexistir;”_
_“a prisão atual do paciente não está revestida da legalidade autorizadora para tal, estando o paciente sendo vitimado por violento constrangimento ilegal;”_
_“inocorrem pressupostos autorizadores à prisão preventiva e sua fundamentação é inadequada.”_
É força salientar que qualquer que seja a finalidade da prisão preventiva, ela é provisória e instrumental, não podendo romper prazos ou perpetuar-se em confronto com a Lei, como pretende a MM. Juíza “a quo”, que suspendeu o feito (?) no seu r. despacho de fls. {NUMERO_DESPACHO_A_QUO} verso, mantendo seu decreto irregular de forma mais irregular ainda.
Nestas Condições:
_“o impetrante está sob custódia ilegal, pois com o prazo de formação da culpa ultrapassado, isso se não levarmos em conta que o processo é nulo;”_
_“está esgotado o prazo para representação do queixoso (a) ou de seu representante, pela decadência, a teor do elencado no Art. 103 do Código de Processo Penal;”_ _“o paciente está sob custódia preventiva cujo decreto não foi fundamentado adequadamente, o que o torna desvalido, e a prisão ilegal.”_
Isto posto, encontra-se o paciente sob induvidoso constrangimento ilegal, circunstância “contra legem” que deverá ser remediada – urgentemente – por esse Colendo Tribunal, em acolhendo o pedido, e com Vossos Doutos suplementos complementem estas razões.
Por derradeiro, espera ainda o impetrante que o nosso sempre acatado e venerado Tribunal de Justiça, conhecendo e acolhendo o pedido de “Habeas Corpus” ora formulado, determine a expedição do competente ALVARÁ DE SOLTURA para o paciente, lastreado na grandiosidade do bom senso de que são possuidores os eminentíssimos Juízes Desembargadores que ilustram o Colendo Tribunal de Justiça do Estado {NOME_DO_ESTADO}, para que {NOME_PACIENTE} seja posto em liberdade e a Ação Penal a que responde, ora posta sob a elevadíssima apreciação de Vossas Excelências, para que receba o remédio necessário, qual seja o seu trancamento, sustando seus efeitos contra o paciente, e assim seja feita a tão desejada JUSTIÇA.
Afinal, requer o atendimento do pedido sem que seja consultada a MM. Juíza “a quo”, por desnecessário, tendo em vista a Certidão do digno Escrivão do Cartório Criminal da Comarca de {CIDADE_UF_PACIENTE}, ora anexada ao presente pedido.
Termos em que,
Pede Deferimento.
{CIDADE}, 00, {MES}, {ANO}
ADVOGADO
OAB Nº {NUMERO_OAB}
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